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Erro de design

Recentemente reparei que tem vindo a aumentar o número de pombos que encontro por aqui. Não era muito comum há uns anos, excepto no jardim, mas ultimamente não se consegue andar dois metros sem ter de evitar um pombo.
Os pombos não me incomodam minimamente e divertem o Tiago que vai apontando e dizendo olá a todos os que vê, mas comecei a reparar que uma grande percentagem dos pombos que se cruzam connosco todos os dias têm uma pata partida. Uns ainda andam um bocado aflitos, outros já parecem ter-se adaptado ao seu estado. Eu detesto ver animais feridos mas não posso simplesmente encostar o carrinho do Tiago a um canto para ir correr atrás de pombos, por isso vou tentando não pensar muito nisso. Mas não consigo deixar de concluir que há qualquer coisa fundamentalmente errada com a estruta básica dos pombos. Realmente, como é que uma ave tão gorda alguma vez seria capaz de se aguentar numas patinhas tão fininhas? É um daqueles erros de design da natureza que nos fariam crer que estas criaturas mais tarde ou mais cedo entrariam para a lista de animais em extinção mas isso não parece acontecer. Eles lá continuam a andar e a multiplicar-se, coxos mas sobreviventes.
Pelo meio destas divagações não consigo evitar pensar no mito cristão da criação do mundo em sete dias, o que explicaria muita coisa. Imagino logo um deus à portuga, (ou o seu ajudante porque um deus nunca faria o dirty work pessoalmente) que tem todo o tempo do mundo para criar o universo mas que vai adiando e depois despacha tudo à pressa na última semana dando origem a algumas pequenas falhas que espera que ninguém repare. E assim nasceram os pombos 🙂

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10 Comments

  1. Sónia says:

    Eles ficam assim, muitas vezes pq posam em todo lado e mais algum e prendem as patas! Tb me custa ver animais magoados! E muito!

  2. André says:

    O que aconteceu com a maioria desses pombos já vem do tempo de serem borrachos e de estarem nos ninhos. Há algumas incompatibilidades com ratos. Sim, os pombos nós vemo-los, aos ratos não, mas também os há 😛
    Uns pombos têm sorte e mantêm o corpinho, ficam só sem a pata..outros irmãozinhos não chegam a ter tanta sorte. É a aNaT’resa a funcionar..

  3. Olha, essa é boa, não sabia que os pombos eram atacados por ratos no ninho… explica muita coisa.

    E quanto a ver os ratos… vêem-se pois! 🙂

  4. Bruno Figueiredo says:

    Eu sinceramente acho que já são pombos a mais. É estranho como as pessoas têm empatia por certos animais e não por outros. Os pombinhos são queridos, os ratos já não. Anyways, deviam ver os pombos gigantes que há aqui em Cambridge. Not fun quando te acertam em cima (é uma quantidade assustadora).

  5. dee says:

    Na verdade as aves não são dos meus bichos favoritos. Aquelas garras repelem-me. Quanto aos ratos, depende. Tive hamsters em miúda e acho que isso me tornou imune ao nojo dos ratos. Um ratinho de campo até é giro. Uma ratazana com o pelo sebento e maior que um gato é que já é mais duvidoso.
    Mas isso da empatia é mesmo assim – faz-se boicote ao consumo de atum porque matam golfinhos com as redes de pesca mas ninguém se preocupa com o atum. Só queremos salvar os bichos fofinhos. Mesmo que se tornem animais em vias de extinção não imagino campanhas de salvem as baratas ou as pulgas.

  6. jorge says:

    eu odeio pombos , acho que estão a mais

  7. Grinch says:

    A questão do tamanho do corpo dos pombos em contradição com as patas tem a ver com o facto de o pombo ser uma ave originalmente bravia, e como todos os animais bravos é magro e seco. Com o avanço urbano os pombos passarm a ter muito mais alimento à disposição, o que levou a que engordassem desmesuradamente e as patas não acompanharam. É mais um erro de desenvolvimento e adaptabilidade do que de design. Também muitos são literalmente atacados, por pessoas, gatos, carros, etc, daí a pata faltante.

  8. Não passam de ratos com asas.

  9. dee says:

    essa dos ratos com asas é muito pouco original, não achas? Se é tudo o que tinhas a dizer sobre o assunto não valia a pena.

  10. Rita says:

    também ha pessoas a mais. . .

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