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Compras

A minha filha de 9 anos já veste roupa de adulta – o tamanho S ou XS mas já fora da secção de criança. Isso quer dizer que vamos começar a vestir de igual mais vezes porque temos o mesmo gosto nalgumas coisas.

Como a Joana já está numa idade em que quer escolher a roupa que gosta e já não tinha quase nada que lhe servisse, fomos à s compras. O estilo dela já há algum tempo que mudou de vestidos de princesa para roupas largas em tons escuros. Terá alguma influência minha, que me visto quase sempre de preto, mas não propositadamente.

Eu aproveitei para comprar uma ou duas peças para mim mas quando se tem pouco tempo para andar a entrar e a sair do provador a coisa é complicada. O mesmo número de duas marcas diferentes pode estar-me largo ou apertado. Porque é que as marcas agora acham que os tamanhos são só sugestões e podem fazer o que quiserem? Não era suposto haver um standard para estas coisas? Assim é muito complicado perceber que tamanho é que visto.

Foto de Artem Beliaikin

No lunch for you

So, my eleven year old son brings a friend over for lunch. I cook their lunch, call them to the kitchen and he goes “mom, can you leave us alone?”

I feel like a waitress being dismissed at the private room of a fancy restaurant. “Can you give us some privacy, please?”

Except, my son doesn’t even say please. He’s just trying to get rid of his embarrassing mom. I mean, it’s lunchtime, the food’s in the kitchen, where exactly do you want me to go?

Viva o fim de semana

Cheguei finalmente a uma fase da vida em que é mais descansado ter os filhos em casa do que na escola.
Nos dias de escola perco duas horas a ajudar com roupa, comida, malas, etc. Podia ser menos mas eles entram a horas diferentes por isso acordo para tratar de um, levo-o à  escola e depois volto para repetir o processo com a outra. A primeira hora, ainda por cima, é inteiramente feita sem café no sistema, por falta de tempo.
Ao fim de semana, como já estão crescidinhos, já se levantam sem nos acordar. Arranjam comida, ligam a tv e deixam-nos dormir mais um bocadinho. Já não é preciso acordar à s 7 da manhã todos os dias do ano.
Vá lá, só demorou uns 10 anos.

A Joana já tem brincos

A Joana começou há algum tempo a pedir para furar as orelhas. Recentemente o pedido tornou-se mais insistente.
Como nos tinham dito que as pistolas podiam ser menos seguras se não forem convenientemente esterilizadas, resolvemos marcar numa loja de tatuagens. Quando lá chegámos, porém, disseram-nos que o ideal era mesmo fazer com a pistola porque o que eles fazem é um piercing de 1,2 mm, que é bastante mais largo do que o necessário, que dói mais e na idade dela não é o ideal.
Lá fomos então à  ourivesaria onde eu furei as orelhas quando era adolescente. A senhora da loja foi muito simpática e fizeram algo que não me teria ocorrido – furaram ambas as orelhas ao mesmo tempo, pra ela não ter sequer tempo de ter medo. Num instante estava tudo terminado.
A Joana portou-se muito bem. Não gritou, não chorou nem se queixou. E a mamã tem já uma encomenda para uns brincos da Harley Quinn 🙂

Tiago, 10 anos

O meu filho fez 10 anos.

Não sei bem para onde foi o tempo, mas não é possível negar o facto que o meu bebé pequenino está quase do meu tamanho. É de tal forma que já tenho dificuldade em distinguir as meias dele das do pai e não tarda tenho um adolescente cá em casa.

Este ano o Tiago não quis festa com amigos. Disse que preferia convidar um dos amigos para vir cá a casa outro dia e fazer a festa com a famà­lia. Como vieram os primos, acabou por se divertir à  mesma.

Como o Tiago adora gatos, esse foi o tema da festa deste ano. Para iniciar as festividades, comprei uma pinhata (algo que ele queria há imenso tempo).
Não encontrei nenhuma com um gato mas havia com um leão. Teve de servir.

Mas não pensem que a pinhata era para aquela coisa do costume, em que as crianças se reunem e puxam uma fitinha. Qual quê! O Tiago queria era partir aquilo tudo à  paulada. E foi o que teve. O pai subiu para um escadote e segurou naquilo e o Tiago, de taco de softball em punho, descarregou toda a sua raiva acumulada na cabeça de leão até voarem chocolates.

O Tiago pediu-me para fazer as bolachas do costume e eu usei um molde da Hello Kitty para a forma geral e depois o Tiago ajudou a criar os detalhes da cara. Os gatos a piscar o olho são os dele.

O bolo deste ano foi especial. Foi um fabuloso bolo de morangos feito pelo pai e depois coberto com uma cara de gato que o próprio Tiago decorou. Simples mas giro, e muito mais saboroso do que os vulgares bolos de iogurte feitos pela mãe.

As mães não deviam ficar doentes

Nas últimas semanas os meus filhotes têm ficado doentes à  vez. Primeiro a Joana, depois o Tiago que repetiu a dose logo na semana seguinte e foi novamente substituà­do pela irmã este fim de semana. Pelo meio foram semanas de estudo e testes, que, como seria de esperar, não correram pelo melhor.

Só a matéria de Estudos do Meio do 4o ano é de uma enormidade absurda. No primeiro perà­odo deram logo esqueleto, músculos, segurança (o que fazer em caso de incêndios, terramotos, etc) e mais a história da formação de Portugal, desde os primeiros povos a habitar a peninsula ibérica até à  crise de 1383-85. Isto tudo, claro, com montes de nomes e datas para decorar. Em 3 meses.

Sim, porque ensinar as crianças de forma a que eles se interessem pelos temas e que efectivamente aprendam alguma coisa era pedir muito neste paà­s. Decorar para o teste e nunca mais ter que pensar nisso é uma longa tradição cuja estupidez ainda ninguém parece ter-se apercebido no ministério da educação.

No meio disto tudo, o Pedro foi-se embora durante três semanas e eu fiquei doente (um dos múltiplos và­rus dos miúdos conseguiu finalmente espetar-me as garras). Eles já são crescidos mas continuam a querer que seja a mãezinha a fazer tudo (especialmente a Joana), por isso ficar doente está fora de questão. É preciso fazer compras, preparar comida, ajudar a vestir, levar à  escola, lavar roupa e toda uma infindável pilha de tarefas, quando a única coisa que apetece é passar o dia na cama a tentar não tossir fora os pulmões.

Respirar fundo e esperar que passe. Que escolha tenho eu?

43

Ontem completei 43 anos. Para mim não fez grande diferença porque só agora é que reparei que já andava a dizer que tinha 43 anos há vários meses (sempre fui uma desgraça a fazer contas e sinceramente não me faz diferença nenhuma mais ano menos ano).

Há muito tempo que me deixei de festas de aniversário por isso o dia foi passado em casa a brincar com os cortadores e stencils que o Pedro me ofereceu e depois à  noite fomos jantar a um restaurante japonês/tailandês em Cacilhas, que ultimamente anda muito trendy, seguido de gelado na Davero e bolo de aniversário em casa dos meus pais que teve o bónus de poder brincar um bocadinho com a ninhada de gatinhos bebés que a minha mãe tem lá em casa este mês.

kitten

Podia-me focar nas coisas menos boas como o facto de o supermercado não ter os ingredientes para o doce que eu queria fazer, se terem enganado no meu pedido no restaurante ou o meu gelado favorito já estar esgotado quando lá cheguei, mas sinceramente, quando já se teve mais do que um aniversário cancelado por causa de funerais, isso nem regista na escala.

Na verdade stencils, um espartilho steampunk, sushi, gelado e gatinhos bebés é um aniversário super fixe.

presents

Também resolvi fazer um corte de cabelo diferente. Andava há anos a ganhar coragem para fazer um corte assimétrico mas acabo sempre por cair no aborrecido e previsà­vel. Este ano achei que era agora ou nunca. Não ficou perfeito, tive de voltar ao cabeleireiro para uma correcção porque a senhora não percebeu a ideia, mas acho que até fica com piada e pelo menos é mais fresquinho do que o cobertor que tinha pelas costas abaixo.

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A Joana foi comigo ao cabeleireiro mas só quis acertar as pontas, o que quer dizer que ficou basicamente na mesma.

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Foi a sua primeira ida ao cabeleireiro e o segundo corte de cabelo desde que nasceu, tirando os acertos da franja. O primeiro corte foi há um ano, quando cortámos os seus caracóis de bebé que era uma dor de cabeça de pentear.

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O dia de aniversário terminou com a queda do primeiro dente da Joana. Estávamos nós a comer o geladinho de sobremesa e lá foi ele 🙂

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6º aniversário da Joana

Por muito que me custe a acreditar, a minha filhota mais pequenina já fez 6 anos. É o inà­cio de uma nova etapa da sua vida, com mudança de escola e novas responsabilidades.

Todos os anos tento tornar a festa uma coisa mais simples e todos os anos acabo dias inteiros na cozinha, com o forno ligado em dias de calor insuportável, para fazer os bolos, cupcakes e biscoitos que ela adora. Mas eles são pequeninos durante tão pouco tempo que vale a pena fazer o esforço.

Para a festa da escola mandei fazer um bolo mas depois fiz um pequenino e uns cupcakes para os avós virem cá a casa cantar os parabéns.

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A festa com os amigos foi no fim de semana e para essa é que fiz o bolo, que é sempre a mesma coisa, com uma boneca enfiada lá no meio. A única coisa que vai mudando é o tema. Este ano foi sobre o filme “Os Descendentes”, e mais especificamente, a Evie, com a boneca que a Joana já tinha recebido entretanto como presente. Por isso as cores principais eram o azul escuro e o dourado.
A festa correu bem, todos os miúdos pareceram divertir-se e ainda deu tempo antes do bolo para pintar borboletas na cara das meninas todas 🙂

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Pancadas na cabeça

Esta semana foi complicada.

Começou com a Joana a queixar-se de dor num ouvido. Foi examinada duas vezes e não parecia ter nada a não ser um gânglio inflamado no pescoço. De qualquer forma, na terça feira passada, ela queixava-se de dores de tal forma que fiquei com ela em casa para além da hora normal para tentar compreender se estava ou não em condições de ir à  escola. Entretanto o Pedro levou o Tiago à  escola. Como estava a chover, meteram-se no carro e tiveram um acidente, num cruzamento, em que o Tiago bateu com a cabeça na porta.

Era dia de teste de Estudos do Meio e ele parecia estar bem, por isso o Pedro levou-o à  escola. No intervalo da manhã fomos lá ver como ele estava e parecia bem. à€ hora de almoço ligaram-me da escola a avisar que ele se estava a sentir pior e fomos buscá-lo. Queixava-se de dores de cabeça, náuseas e tonturas por isso levámo-lo ao hospital para ser avaliado.

Parecia estar com algum desequilà­brio, mas fora isso não deram com nada de anormal. Disseram que teria uma contusão cerebral mas que não era grave. Ficou em casa essa tarde, e a médica disse que era melhor ele não fazer exercí­cio fà­sico durante uma semana para evitar uma segunda pancada que poderia ter sintomas mais graves.

Eu achava que estava a levar a situação toda com muita calma mas a verdade é que só fiz asneira na aula de joalharia desse dia…

O Tiago não fez educação fà­sica nem natação nessa semana, mas no domingo à  noite quis encher a banheira para experimentar os novos óculos de mergulho. Quando o ouvi gritar de repente perguntei:

– Tiago, o que foi?
– Nada!

Quando cheguei à  casa de banho, havia mais água cá fora do que na banheira e o Tiago com um ar de pânico. Tinha escorregado na banheira e bateu  – wait for it – com a cabeça, claro. E estava mais preocupado com a água do que com a queda – o que percebo, porque enquanto verificava se ele estava bem, andava com as antenas no ar à  espera de ouvir a vizinha de baixo a bater à  porta a queixar-se que lhe chovia lá em casa.

Ontem recebi novo telefonema da escola dele. Desta vez deram-lhe uma cotovelada que o empurrou de cara em cheio contra a esquina de um armário. Estava com dores de cabeça e náuseas novamente. Veio para casa, esteve com gelo sobre a maçã do rosto, que esta manhã ainda estava inchada e com uma bela nódoa negra.

Só sei que já só me apetece embrulhá-lo em bubble wrap assim que sai da cama de manhã…

O Tiago fez 9 anos

O meu filho, o meu bebé, fez 9 anos.

bolos

Não sei bem para onde foi o tempo. Também custa a acreditar que mudámos para esta casa quando a Joana nasceu e não tarda está a fazer 6 anos e a entrar para a primária. Deve ser por isso que ando tão cansada. O raio do tempo não pára, nem por um bocadinho.

Este ano o Tiago estava mais interessado em jogar nintendo do que fazer grandes festas por isso a celebração do aniversário foi um jantar em famà­lia no próprio dia, seguido de um lanche com a famà­lia alargada no sábado e uma tarde de jogos e brincadeira com o seu melhor amigo no domingo. Foi assim um fim de semana de aniversário, que é sempre melhor do que um mà­sero dia. 🙂

Passei dois dias na cozinha a fazer os bolos e bolachas do Kirby, mais uns cupcakes de que a Joana é particular apreciadora. Um dos bolos foi congelado inteiro, por abrir, mas isso não é mau porque sobra qualquer coisa para os cravings dos próximos fins de semana.

É muito complicado fotografar o Tiago, especialmente sem o comando da nintendo na mão, mas por acaso tinha conseguido tirar-lhe uma foto porreira recentemente, que serve para documentar o aspecto que ele tem hoje em dia.

tiago

O meu filhote de 9 anos 🙂

O dia até agora…

Mãe ensonada comete o erro de pergutar à  filha (que está em casa doente):
– Joana, o que queres fazer hoje?
– Biscoitos!
Depois de muito espernear e dar desculpas como “não temos os ingredientes” e “dói-me a mão” – ambas reais – a mãe rende-se.
Segue-se a visita ao supermercado, para comprar os ingredientes em falta, seguida de um dia passado na cozinha, quando o ideal seria ter ficado na cama o dia todo.
Raios!